segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

João Batista de Andrade - O Jota Bê (JB)

Prematura morte de um ícone de nosso município. Niterói chora!
Meu amigo, meu colega, historiador, advogado dos despossuídos. Um ser humano irrepreensível.
Vou tentar viver sem esta referência de insistente militante das causas impossíveis.
Meio santo, um tanto capeta, irrequieto, o maluco João, morreu!
Sua defesa inegociável pelo socialismo. Suas barbas revolucionárias permanecerão simbolizando a indefectível razão de estar no mundo.
Inspirador de vocações para seus amigos, alunos, companheiros, parceiros políticos.... A maioria das vezes incompreendido. Sempre tenaz em função da batalha contra a opressão.
Sua fita na cabeça, simpatia contra as terríveis enxaquecas que não lhes tiravam o bom humor e o otimismo de que poderia mudar o mundo e, as consciências dos poderosos em favor das massas.
Homem de muita sedução, virtude comprovada nas paixões que despertava; paixões nobres mais também indecentes desejos de luxúrias. Suas manias surpreendiam e, as vezes incomodavam aos que, por conta de convenções, reprovavam seus arroubos extravagantes.
A sua vida foi como sua morte: uma interrogação, uma exclamação do contra-senso.
A bicicleta que o fez militante-candidato do recém criado PSOL de Niterói, encantando a todos com sua campanha simples e limpa, como foi a maneira singela de seu viver, o desapontou na hora que o deveria salvar. O choque de culturas da velocidade com a pedalada foi fatal e nos deixou a todos sem a sua presença.
Este Natal dedico a você JB. E, esta poesia é um preito por toda a amizade que tivemos.
Maria do Carmo

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