quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

------MERILUCE SEMPRE MERILUCE----------

Presença
De mulher
Faceirice
Bisonha
Figura
Impar
Inesquecível

Risonha
Feliz
Bem-Estar
De bem
Com a vida
Era você

Amável
Companheira
Engajada
Na luta
Armada
Com
Flores
A seduzir

Sentir
O perfume
Importado
Ar
Prenhe
De
Cheiro
Acqua de Fiore

Aroma
Chique
De
Formosa estampa
Deslizando
Com passos
De
Princesa

Estirpe
Histórica
Singular
Mestra
Oferenda
De
Deuses
Do Olimpo

Ensinou
Vida
Aprendeu
Sabedoria
Dos
Alfarrábios
Ditou
A conduta
De
Sua vida

Curta
Existência
Longa
Saudade
De
Todos
Seus fãs

Colega
Porque
Juntou
Amigos
Aprendizes
Das lições
Jamais
Apagadas
Da memória
De nós!

GERALDO – TURMA DE HISTÓRIA

“Podemos não ser eternos, mas somos inesquecíveis”.

Quero lembrar sua presença. Com ela perpetuar seu gesto amigo, generoso e complacente. Todos somos seus filhos. A figura imponente de um pai. Todos somos seus protetores. Figuras gentis de guardiões. Caráter, nobreza, engajamento – entre tantos predicados, a escolha concentra admiração e orgulho.

Ter convivido com você faz de cada um de seus amigos, uma réplica do bem.

Ainda recordo sua risada solta por conta das piadas que reservava com muito carinho, para as nossas reuniões fraternas.

O pulsar de seu coração sempre guiou o compasso das convocações nas festas que inventamos e fazemos para comemorar juntos.

Você “fazia pressão”, enquanto Carmem Eleonora acionava os convites de maneira firme e calorosa.

Voltaremos a estar juntos, mas, não seremos os mesmos sem você... Com certeza vamos procurar ainda ser turma, mas a ausência de Geraldo se transformará em estímulo para continuar a festa. Porque o mais festeiro empreendeu a viagem indo se encontrar com os outros, principalmente a querida Meriluce, ceifada do nosso meio por um descuido no caminhar. Lembro dos dois, animados pelos “papos ideológicos”, às vezes rivais, nas opiniões, mas sempre apaixonados pelos mesmos temas que defendiam.

Essa saudade doída é o corolário das alegrias que compartilhamos.

Geraldo inesquecível escritor cuja pena inspirada, reproduzia segredos inconfessáveis, porém percebidos pela observação soberana e perspicaz feita sobre cada um. Você desvelava o que se escondia de nós mesmos.

Geraldo fazendeiro desvendando e ampliando domínios no solo apropriado para valorizar o fato de ser brasileiro.

Geraldo professor, o companheiro leal que distribuía com entusiasmo saberes e histórias de todos os tempos, com a verve de um doutor.

Seu jeito de jagunço, meio coronel, meio cangaceiro, parecia trazê-lo da ficção para a realidade, como se fosse personagem dos tradicionais filmes da Atlântida, pioneira do cinema nacional.

Continuar amando-o é a homenagem permanente que a Turma de História – 1965 lhe faz nessa hora de dizer, Adeus!!!

Maria do Carmo,
                     Em nome de nossa turma imbatível (!?...)